quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Do Ser Monarquista


           Este talvez seja o argumento mais difícil de ser explicado relacionado à Monarquia: Por que o Rei é Rei? E é sobre este assunto que proponho estas poucas linhas. Meu objetivo não é dar uma resposta concreta, única e inquestionável, mas a minha mais sincera opinião a esse respeito.

            Sempre que o assunto “Monarquia” vem à tona, algumas questões parecem ser inevitáveis aos brasileiros. Uma delas fruto de uma curiosidade; a segunda cheia de jocosidade (bem ou mal intencionada). “Quem seria o Rei no Brasil?” – Imperador, na verdade – costuma ser um dos primeiros pensamentos transfigurado em indagação por parte dos curiosos. “Por que ele e não eu?”. Essa segunda questão não é sempre que surge. Curiosamente ela só costuma aparecer quando o outro lado não está disposto a entender melhor do que se trata, ou a proporcionar a seriedade que o assunto merece. É justamente sobre essa segunda questão que este texto irá versar.

            “Rei” (do latim Rex) é um Chefe de Estado de uma nação, podendo ser, em alguns casos, também Chefe de Governo. Em séculos passados, era comum que as Monarquias fossem absolutistas (o poder era concentrado nas mãos dos monarcas), e isso terminou por fazer com que a maioria das pessoas desavisadas, pense que a única forma de uma monarquia existir é como aquela que eles estudaram no Ensino Médio. Como estamos falando sobre o sistema monárquico parlamentar constitucional (e é esse sistema que os monarquistas defendem para o Brasil), entendamos aqui o Rei como Chefe de Estado apenas.

            Um Chefe de Estado não é só um “enfeite” de uma Nação. Para tantos, a ideia de “poder” está ligada apenas ao exercício do governo, quando na verdade ignoram o poder de representação. Um Chefe de Estado tem muitas atribuições, e ser o símbolo de uma Nação, representá-la de forma suprapartidária são alguns dos poderes que o cargo lhe proporciona e que os súditos os confiam.  Segundo o pensador suíço Henri-Benjamin Constant de Rebeque (1767 – 1830), o Chefe de Estado deve ser detentor de prerrogativas constitucionais importantes, agindo com o máximo de imparcialidade possível. Seu pensamento acabou por tornar-se, segundo muitos, fundamento do parlamentarismo moderno.  Ora, mas se o Chefe de Estado deve ser imparcial, o que fazer com um representante máximo de uma nação que é filiado a um partido político? Que ideologicamente já está comprometido? Pois assim é um presidente... Ao acumular os dois principais cargos de um país (Chefe de Estado e de Governo), temos uma concentração de poderes que, nas mãos de alguém despreparado, se vira contra o seu próprio povo.

            Ao contrário de um presidente, um rei reúne em si muito mais características necessárias para se ser o Chefe de Estado, a saber: apartidário, preparado desde tenra idade para exercer tal função, reputação ilibada, seus súditos acompanham toda sua trajetória de vida, não depende de partidos políticos para manter o cargo, etc. “Mas não somos nós quem o elegemos!”. “O que o torna legítimo?”. “Por que ele e não eu?

            Ao meu ver, não se pode ser monarquista sem compreender e respeitar a Tradição. E aqui cabe bem uma definição poética do termo, advinda do Pe. Heitor Rossato: “Tradição, antes de tudo, é conhecer para amar.” Um país que respeita suas tradições, o faz porque seus cidadãos conhecem sua própria História. Conseguimos perceber claramente isso em países como Inglaterra, Estados Unidos, Japão, entre outros. Respeitar as tradições não quer dizer nunca mudar. Tradição não é empecilho para o desenvolvimento. Ter tradição é também saber mudar. Nunca jogar fora o que temos de bom e nunca abandonar uma qualidade, ainda que pudéssemos trocá-la por duas outras. “Cultura não se perde, se acumula”, já dizia um grande Professor.

            Pois bem, para responder as perguntas feitas nesse texto, precisamos partir de um pressuposto muito difícil de ser entendido por muitos: ser Rei não é privilégio, é fardo. Ser príncipe não é bônus, é ônus. Argumento muito difícil de ser explicado para alguém muito mais materialista do que espiritualista. É fato que o ser humano parece nunca estar contente com o que tem e sempre quer mais. Depois de muitas discussões com diversas pessoas a esse respeito, percebi que a principal repulsa deles para com a ideia de um rei, é o fato do rei “ter tudo” materialmente. É o fato dele ser “sustentado” pela Nação (repulsa essa mesmo quando o “sustento” desse rei, custa menos do que os políticos republicanos que os governa). Ora, o rei recebe um soldo pela função que exerce, nada mais natural. O fato de seu “cargo” ser vitalício, contribui para minimizar as chances de termos um rei corrupto (ele já tem tudo materialmente) e que busque pensar apenas nas próximas eleições e em manter seu cargo (como acontece no presidencialismo republicano brasileiro). Isto é tão bem pensado, que se pararmos para buscar histórias de reis corruptos (em monarquias constitucionais), não acharemos exemplos para citar. Quanto a políticos “comuns”, falta-nos, muitas vezes, exemplos positivos para citar.

            Enquanto o cidadão encarar com certo ciúme o fato dele não ser “rei” ou “príncipe”, não estaremos prontos para uma monarquia. É preciso grandeza de espírito para se compreender e aceitar que alguém, que não você, desempenha essa função. E isso nos leva a outra pergunta: e por que necessariamente ele? Bem... o melhor argumento que consigo apresentar no momento para essa situação também gira em torno da tradição. Não sei como os primeiros reis foram surgindo... Ou melhor, há várias formas desse surgimento, como por exemplo, a ideia de que aquele homem estava sendo iluminado por Deus, ou porque era a família mais importante da região... os motivos podem ser vários, mas o fato é que hoje a Monarquia é vista de outra forma. Sabemos que não é por “escolha divina” ou por serem os mais ricos do país (nem sempre são), mas por questões tradicionais. Vamos tentar explicar o caso brasileiro: por que os Orleans e Bragança?

            A família Orleans e Bragança (atual dinastia brasileira se fôssemos uma monarquia) tem ascendência nas mais antigas famílias reais do mundo. Apesar de nunca ter reinado (visto que os Orleans e Bragança surgiram da união matrimonial da Princesa D. Isabel do Brasil – Bragança; e do Conde D’Eu de Orleans, sendo seus descendentes os Orleans e Bragança), são remanescentes das mais nobres Casas Reais da Europa, tendo ligações diretas com, por exemplo, Hugo Capeto e Carlos Magno (estamos remontando aí ao século XI e VIII, respectivamente). Nossos ilustres imperadores, D. Pedro I e D. Pedro II, ajudaram a construir o Brasil que temos hoje. Com inúmeras provas de amor pela pátria, tivemos Imperadores que ajudaram, inclusive, a garantir a extensão territorial do Brasil.

            Até hoje, a nossa Família Imperial trata os descendentes desses ilustres personagens históricos, com os valores da tradição incrustados em sua família. Não são príncipes por escolha, mas por tradição. Querer mudar essa tradição depois de tanto tempo, é jogar fora a única coisa que temos enquanto povo: nossa História. E mais, por que trocar uma Família Imperial que tem em si os atributos da realeza, por outra que sequer saberemos de onde vem?  É isso que nossa Família Imperial faz: mantém a tradição.

            Outra explicação que se faz necessária e importantíssima, é sobre o fato de que, em primeiro momento, não são as pessoas (sejam reis ou rainhas) que são reverenciadas numa monarquia, mas sim os “cargos”! Curvar-se diante de um rei, não é curvar-se diante de um homem, é reverenciar e mostrar sinal de respeito a um povo... a uma Nação. Reitero que os pequenos de espírito não conseguem entender isso (foi o que percebi em minhas inúmeras discussões). Se Elizabeth II é, também, admirada, assim como o foi, por exemplo, D. Pedro II, é porque aos poucos foram conquistando os seus povos. O respeito e admiração pela pessoa surge aos poucos. Quando a sociedade acompanha o crescimento de um príncipe e vai, educando-o junto com sua família (elogiando ou recriminando suas atitudes desde a infância), vai-se moldando o caráter e a personalidade de quem um dia irá representar a todos. Por isso é tão comum, na coroação, o rei ou rainha já ser, pessoalmente, bastante respeitado por seu povo. Ao reverenciar um rei, reverencia-se a Nação, o seu passado brioso, as suas glórias, o seu próprio povo. Não é o D. Fulano, é o REI! 

           O Rei, portanto, é um símbolo nacional, tal como o Hino e a Bandeira. Ele é a Nação personificada; e para se ser monarquista, é preciso desapegar-se das vaidades e do egocentrismo, do contrário, seremos "monarquistas" com espírito republicano (no pior uso do termo).

O homem mais poderoso do mundo reverenciando o Imperador Japonês Akihito. Eis um exemplo de respeito. Obama, republicano oriundo de uma república que funciona, pois é calcada em suas tradições, mostra respeito ao que Akihito represente: o povo do Japão.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O PARLAMENTARISMO MONÁRQUICO


No parlamentarismo, todo o poder se concentra no Parlamento, que é, de fato, o único poder, pois advém do povo. Se o governo executivo discordar do Parlamento, a maioria dos deputados dissolve este governo.

Plenário da Câmara dos Deputados
 
 
      Em um regime parlamentarista, distingue-se o chefe de estado do chefe do governo. O chefe de estado simboliza a nação, mantem as tradições, garante o continuísmo e perenidade do Estado, mas não tem poderes administrativos. A Rainha da Inglaterra, por exemplo, reina, mas não governa: ela é a chefe do Estado. O chefe do governo é quem governa e administra. Ele é sempre escolhido pelo Parlamento, que pode destituí-lo. Após as eleições, o partido político ou a coligação que teve a maioria dos votos escolhe um Primeiro Ministro e os que vão ocupar os diferentes ministérios. Levam esses nomes ao Chefe de Estado, que os submete ao Parlamento.  Se os nomes forem aprovados pela maioria, esse ministério (Gabinete) será empossado e governará até que haja novas eleições (quatro ou cinco anos depois), ou até que perca a confiança da maioria parlamentar.

     No parlamentarismo, o Poder Executivo exerce suas funções como delegado da maioria parlamentar. Em um regime parlamentarista puro, só parlamentares podem ser ministros, e eles comparecem normalmente às sessões do Parlamento, dando contas de sua atuação e sendo interpelados por seus pares.

     As funções parlamentares são exercidas em sua plenitude por uma casa legislativa, no caso do Brasil – tanto Império como Republica- com uma Câmara de Deputados. Este poder não pode ser dividido com outra casa legislativa que não tenha as características populares do Parlamento. No Reino Unido, por exemplo, existe a Câmara dos Lordes, que assim como o Senado aqui o era, tinha por premissa a correção, a proposição, e ate o embargo das leis; mais não na elaboração das leis.

 

O PARLAMENTARISMO no BRASIL-IMPÉRIO
 

Depois de um período conturbado no Império, onde o Exercito e a Armada Imperial debelaram várias tentativas de dividir a nação em Republicas ( como estava acontecendo no restante da América Latina ) a Monarquia brasileira caminhava para a estabilização. Em 1847, um decreto estabeleceu o cargo de presidente do Conselho de Ministros, indicado pessoalmente pelo Imperador. Muitos historiadores consideram que aí se inaugurou o sistema parlamentarista no Brasil.

    No parlamentarismo, o Poder Executivo é exercido pelo Primeiro- Ministro, que é quem governa com o apoio do Parlamento, da Câmara. Assim, quando o Parlamento retira seu voto de confiança, o gabinete de Ministros automaticamente apresenta sua renúncia. O poder maior é, portanto, do Parlamento, do qual depende a permanência ou não no Governo do Primeiro- Ministro.

   O sistema parlamentarista implantado no Brasil, durante o reinado de D. Pedro II, inspirou-se no modelo inglês. No entanto, o modelo brasileiro trazia algo novo, porque diferentemente da Inglaterra, não era o Legislativo que nomeava diretamente o Primeiro Ministro. Na Inglaterra realizavam-se primeiramente as eleições para a Câmara. O partido que possuísse maioria escolhia o Primeiro-Ministro, que formava o gabinete de ministros, passando a exercer o Poder Executivo.
   No Brasil, ao contrário, era o Poder Moderador, exercido por D. Pedro II, que escolhia o Presidente do Conselho de Ministros, oriundo do partido que tivesse maioria na Câmara.  Por sua vez, o Primeiro - Ministro indicava os demais ministros para formar o Ministério, que ai sim deveria ser submetido à aprovação da Câmara. Em caso de discordância entre o Ministério e a Câmara, cabia ao Imperador ser o fiel da balança e decidir se demitia o Ministério ou dissolvia a Câmara. Com base no Poder Moderador podia, após ouvir o Conselho de Estado, dissolver a Câmara e convocar novas eleições. Da mesma maneira poderia demitir o Primeiro - Ministro e todos os outros Ministros.

   Assim, no Parlamentarismo brasileiro tanto o Poder Executivo, quanto o Legislativo, permaneceram sob a contínua moderação através das mãos do Imperador, que o exercia com o seu conselho, levando à centralização político-administrativa do Império e ao fortalecimento da autoridade do Governo do Estado.
   Numa época que incertezas, golpes e governos caudilhescos revezavam-se nas dezenas de republicas originarias das partilhas das terras do então Império Espanhol, entre os poderosos e entre aqueles que tinham mais armas, o moderno sistema parlamentarista monárquico do Império Brasileiro, dava ao povo brasileiro, uma era de progresso, desenvolvimento e soberania. Os Partidos, liberal e conservador, passaram a disputar a Presidência do Gabinete dos Ministros, alternando-se no Governo. O rodízio no poder entre liberais e conservadores impunha a eles uma responsabilidade única: a de exercerem com probidade, destreza, buscando o melhor pro país!! Afinal, tinham o seu trabalho supervisionado diuturnamente pelo Poder Moderador e também por seus pares, tanto na Câmara como no Senado.


Exatamente o modelo que precisamos hoje!
 

    Hoje, temos um sistema eleitoral viciante e corrupto. Dos mais de 500 deputados federais, menos do que 10% estão lá através do voto direto, sendo que a massa restante entra pela regra de proporcionalidade! Temos um Estado de joelhos perante o Executivo, da mesma maneira que os demais poderes constitucionais não usufruem de nenhuma autonomia – vide o nosso parlamento, que se tornou apenas um autenticador das medidas provisórias-; igualmente o poder judiciário que é obrigado a sujeitar-se não a constituição e ao direito, mais sim a ideologia imposta.
   Chega de vivermos colhendo os frutos do golpe 1.889!! Precisamos dar um basta nessa história!! Como vimos, apenas através da articulação e fiscalização do Poder Moderador, exercido por alguém abnegado ao servir e probo, os poderes terão autonomia, e num sistema interdependentes poderão exercer aquilo pelo qual o colocamos lá: trabalhar em prol do Brasil !!

 

VIVA O IMPÉRIO DO BRASIL !!!
 
#conselheiroFelipeRocha

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Quanto custa uma Monarquia?


Saudações Monárquicas!

Eu sou Rodrigo Cavalcanti (Sensei) e estou aqui para tentar combater mais um mito acerca da Monarquia.

É comum, em rodas de conversas sobre o tema, ouvir pessoas dizendo que não querem uma Monarquia para o Brasil, pois não vão sustentar um Rei ou uma Família Real. Muitos não percebem que, muito mais valioso (e econômico) seria exercer o papel de um súdito/cidadão que deposita sua confiança em alguém realmente preparado para sua função, do que agir como verdadeiros bobos da corte, sustentando um regime corrupto e que não contribui com o desenvolvimento do país.
Será que estou exagerando? Bem... vamos aos dados!

Vocês sabiam que a Monarquia mais cara do planeta é a Britânica? Sim, meus caros, ela custou (a citar como exemplo o ano de 2006) aos súditos ingleses: US$ 73.357.482,00 (73 milhões, 357 mil e 482 dólares). Isso dá US$ 1,21 per capita ao ano. Ou seja, durante um ano, cada súdito britânico contribuiu com 1 dólar e 21 cents.

Sabe quanto custou apenas a presidência e a vice-presidência da república do Brasil num período ainda mais curto de tempo (entre 01 de janeiro de 2006 até 05 de setembro do mesmo ano)? Segundo dados do site Contas Abertas , obtidos diretamente do Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal), a função máxima do nosso Executivo custou a bagatela de US$165.012.826,00 (isso mesmo! 165 milhões 12 mil e 826 dólares), o que dá US$1,34 por brasileiro. [ATENTEM para um detalhe, no Reino Unido há aproximadamente 60,6 milhões de habitantes -2007-, enquanto no Brasil 184 milhões de pessoas).

Quer mais? Ok! A Coroa dinamarquesa custou US$ 15.650.879,00 , enquanto a sueca: US$ 23.298.425,00. Ou seja, somando os gastos dessas três Coroas europeias (2006, reitero) chegamos ao montante de US$ 112.306.786,00. Isso ainda é 32% A MENOS  do que o governo brasileiro gastou em 8 meses e 5 dias.

Além de todo o mar de corrupção que assola o país, os famosos Cartões Corporativos ajudam a fazer um rombo aos cofres públicos. Além dos maiores gastos, tapiocas e água de coco  já foram itens comprados com nosso dinheiro pelos parlamentares. Vale lembrar que este ano, o governo ainda não divulgou nada do que foi gasto desde que a nova presidente assumiu o governo. (Obs: texto escrito em 2011, mas ainda extremamente atual).

Pois bem, finalizo aqui esta postagem com a seguinte mensagem: 
Temos uma outra opção! E ela custa bem menos! 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

ESTADO LAICO - "Ser ou não ser, eis a questão"...


Quantas vezes ouvimos e presenciamos debates calorosos, vez ou outra até desagradáveis , sobre o tema?  Quantas vezes não o chamaram de “conserva reacionário coxinha fundamentalista religioso” ou então “ ateu modinha caviar de buteco"

         Mas o que realmente me incomoda , não é o fato das pessoas digladiarem-se em busca do "Santo Graal" do tema; mas sim a falta de qualquer conhecimento minimamente básico sobre o tema discutido, o que leva sempre a extremos. 
        O termo “laico”  tem sua origem etimológica no Grego “laikós” que significa “do povo”.  O laicismo é uma doutrina que defende a ausência de qualquer obrigação (e não necessariamente obrigatório a ausência!) de caráter religioso (independentemente da visão particular de cada um sobre o que seria religião) nas instituições governamentais. É uma posição que visa a laicidade, ou seja, a não intervenção da religião no Estado.  Tanto quanto do Estado na religião.
        Quando fala-se em Estado Laico, trace a ideia da neutralidade – e não do parti ou antipartidarismo - sobre questões religiosas.  Deve haver liberdade para os cidadãos manifestarem a sua fé religiosa, qualquer que ela seja, sem que haja controle nem  imposição de uma religião específica.  Tanto pouco interferência sob quaisquer alegação “social”.  
        Bom, dito isso, virão alguns apontar-me o dedo, mandar-me à inquisição, pegarão em tochas e antes de amarrarem-me num tronco pra ser queimado, alumiar a noite, gritarão a plenos pulmões, pro Facebook, Twitter, Youtube, e até pro falecido Orkut ouvir : "BRUXO, HEREGE ANTI-CRISTO !!! " (rssrsrs .   Não , não sou ateu,  sou protestante reformado, e sim, defendo completamente o Estado Laico!!
       Como dito anteriormente, num Estado Laico, nenhuma religião tem predominância - num país continental tal qual o Brasil, impor uma religião "oficial" em pleno século XXI seria no mínimo uma imprudência, afinal segundo o último levantamento do IBGE, cerca de 85% da população declarou-se cristã (ao que em torno de 60% de católicos - praticantes ou não - e 40% de protestantes) algo em torno de  13 a 14% divididos em várias outras religiões – islamismo, judaísmo, budismo, etc -  e um número bastante inexpressivo (estatisticamente) de ateus e afins, o que demonstra no mínimo, que faltaria Quórum pra ter-se uma média da religião mais professada, pois impossível é separar e quantificar precisamente "praticantes" de "simpatizantes" ou "acomodados". Porém esse fato pra muitos, demonstraria a necessidade (ou até a obrigatoriedade) de termos um Estado Confessional, pois segundo muitos o dizem, as raízes brasileiros estão TODAS fundamentadas numa única religião, e por isso só, TODOS os brasileiros deveriam admitir a mesma fé (fé essa que é algo além de religioso, é também filosófico e psico-comportamental, dizendo respeito tão somente a quem a professa).
        Muitos, ainda na justificativa de um hipotético Estado Pró Religioso, alegam (embora não sem justificativa) que vivemos num Estado Anti-Religioso. Porém cabe aqui alguns fatos que fogem ao conhecimento de muitos: Na explicação acima do que seria Estado Laico, um dado extremamente importante passa desapercebido da maioria – ignorância essa partilhada igualmente entre defensores dos extremos; do Confecional ao Anti-Religioso –  o Estado Laico é o único que permite debates – ou a abstenção dele - sobre qualquer que seja o tema

     Isso porque quando versa-se sobre o tema religião,  seria necessário também uma análise do que de fato venha a ser; tenho aqui uma definição de religião e já voltamos ao cerne do artigo:

Religião é um conjunto de sistemas culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelece os símbolos que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores morais. Muitas religiões têm narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar sentido á vida ou explicar a sua origem, do universo e seu fim . As religiões tendem a derivar conceitos (próprios) da moralidade, da ética, das leis religiosas e de estilos de vida, enraizado em suas ideias sobre o cosmos, a natureza humana e a presença ou a ausência de uma divindade.
     
       Voltamos. A instituição do Estado Laico não separa apenas o organismo Religião do Estatal; mas sim impõe que o Estado não seja DOUTRINADOR; não tenha preferências politicas, partidárias nem oligárquicas; afinal etimologicamente traz o significado que impõe que o Estado seja DO e PARA o povo, e não pra grupos ideológicos, religiosos, políticos ou econômicos.  Juntando a isso o entendimento de que o termo religião é muito mais abrangente do que imaginado, passaremos a entender que pra muitos, conceitos e estruturas politicas, tais quais o comunismo, nazismo e outros "ismos" também podem ser considerados religião. Afinal, cada um pode acreditar no que quiser!  Por exemplo, num Estado de fato Laico, alguns absurdos impostos pela máquina doutrinária governamental,  seriam refutados antes mesmo de serem apresentados; um exemplo disso é a doutrina marxista atualmente imposta pelo MEC, ou então o culto imoral ao nu, imposto pelo tal ministério da cultura, ou ainda, as mentiras em formato de pseudas realizações do governo, que nos são impostas pelo Ministro Goebbels........ ops, Ministério da Propaganda "Oficial"...


     Vale ressaltar que um Estado Secular não implica a eliminação da religião; o Estado Laico deve garantir a liberdade religiosa, respeitando os traços religiosos culturais e da tradição do povo. A fé e a descrença são direitos naturais inalienáveis ao ser humano e não se relaciona com a noção de Estado. Estado Laico não pode, em nenhuma hipótese, nortear suas decisões, em qualquer dos poderes, por alguma doutrina religiosa, seja qual for; tais decisões são norteadas sempre pela lei, nunca por posições religiosas, filosóficas e pessoais.



     Não teríamos, por exemplo, de ter que aprender sobre algumas religiões específicas, que satisfazem o politicamente correto imposto, em especial as que tem por origem do ou no período escravista, em nome de uma pseuda cultura (porque se formos obrigados a estudar algo de forma tão específica, como por que não aumentar a abrangência e estudar também sobre Flavio Josefo, Maomé ou Santo Agostinho?).

  Se passássemos a entender esse fato a fundo, teríamos ferramentas mais que suficientes pra combater a doutrinação imoral imposta aos nossos filhos;  apoiando o Estado Laico de fato, forçaríamos esse Estado a deixar de ser intervencionista, respeitando a liberdade individual e de escolha; imporíamos limites a esse Estado absurdo narco-fascista (e com fortes tendências ao comunismo); abriríamos de fato espaço pra discutirmos a república golpista imposta, e todo o seu positivismo que vem na garupa!!!  E trazendo especificamente esse fato a realidade da luta pela conscientização da importância vital a nação da Restauração do Império  Brasileiro, num sistema monárquico parlamentarista, aliado a um sistema de governo federalista pleno,  teríamos um aliado importantíssimo: teríamos o foco na forma de Estado e do sistema de governo , ao invés de nos concentrarmos em questões periféricas e de caráter intimo e pessoal; fatos esses que são mais que suficientes pra vencer-se qualquer debate, afinal apenas através do poder Moderador exercido pelo representante do Estado, torna possível a autonomia plena e a pacificação entre os poderes, o que permitiria as reformas que o Brasil tanto precisa, afinal por mais que os interesses político-partidários continuaram a existir, seus poderes oligárquicos estarão enfraquecidos, pois não conseguiram impor-se ao Estado; serão impostos por ele! E lembrando, o monarca não tem coligações, o que o coloca acima dos interesses partidários, restando a ele o interesse pela perenidade e continuísmo desse Estado, afinal serão seus descendentes que ascenderão ao trono.  
      
       E pra terminar esse ensaio, fica uma última consideração a nós monarquistas: o Estado Absoluto já não existe mais!!! Então afirmações tais qual Luiz XIV fazia "L'État c'est moi" (O Estado sou eu!) não cabem no nosso discurso e realidade! Afinal, numa monarquia parlamentarista, o imperador REPRESENTA o Estado, estando subordinado a Constituição tal qualquer outro cidadão!! Ou seja, o imperador terá assegurado tal qual qualquer outro cidadão o direito a opinião, só que essa opinião, fruto de entendimento pessoal, filosófico e até religioso, não será propagandeado como Decreto Imperial!! Ninguém será obrigado passar a pensar igual!!

      Quando entendermos de fato essas questões, passaremos a lutar mais com foco e seriedade, e com toda certeza, galgaremos lugares nunca antes imaginados..... a Restauração do Império não pode ser vista como uma utopia; a esperança e luta por e pelo Ideal devem fazer parte da vida de cada monarquista; tal como uma marca indelével em cada coração, em cada peito!!! Avante monarquistas, o Império depende de vós !!!


#ConselheiroFelipeRocha

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A atual Petrobrás e a República


Saudações Monárquicas!

Quando vi essa imagem ontem pela tarde, cheguei a duas conclusões: a primeira, que a Petrobrás, uma empresa que em tese é pública (e tudo o que é "público" no Brasil-república atende ao interesse privado), que controla a extração, o refino , a distribuição e até a comercialização, e que NÃO tem qualquer concorrente, consegue estar à beira da falência, sobrevivendo de dinheiro do tesouro e de marketing... ah sim, a primeira coisa que me veio a cabeça foi sobre o marketing dela, que é muito bom por sinal. O vídeo da descida até as profundezas do oceano é de fato emocionante, o que pra nós, pobres mortais, é um alento, porque se ela continuar a ser administrada pra fins eleitoreiros como vem sendo, fatalmente falirá, e então poderemos ao menos ter uma boa agência de publicidade!! 


A segunda coisa que me ocorreu, é que eles propositalmente - arriscaria em dizer! - deixaram uma mensagem codificada nessa imagem, que retrata bem a realidade dessa res-publica caudilhesca: estamos no fundo (só não sabemos do que nem onde), lugar escuro e frio, com uma pressão gigantesca, sufocante e asfixiante, e sem perspectivas de voltar a superfície.... Esse é o mais fiel retrato da República golpista a qual nos foi imposta!!! 

Se você não aguenta mais essa realidade, uma só é a saída: a reforma ampla e geral de todo o sistema vigente, tributário, judiciário, executivo. E sinto informá-lo(a) que NUNCA no atual sistema tal reforma terá êxito; afinal um "cão não morde a mão que o alimenta"; a única saída democrática e moderna é a Restauração do Império Brasileiro, com um sistema administrativo federalista e com um Estado Soberano de fato !!!

#ConselheiroFelipeRocha

Quem somos?



QUEM SOMOS ( Peça integrante do nosso Estatuto)

O Círculo Monárquico Brasileiro - CMB, nasceu com a necessidade de tornar o movimento monárquico numa organização com fins a restauração da Monarquia Parlamentar e Constitucional do Brasil.


Somos uma organização com representatividade em todo o território nacional. Reconhecemos a casa imperial, tendo como atual chefe, Dom Luiz de Orleans e Bragança, como detentores da coroa....

Temos como princípio, a ética, a moral, os bons costumes, o cavalheirismo, o respeito as tradições e a vontade democrática legitima do povo, afinal, a monarquia parlamentarista, tendo como base a defesa intrínseca da vida, tem como primordial oficio a representativa dos ensejos da população.

Temos como sistema organizacional, os núcleos, as regionais e chancelaria nacional, moderadas por um grande conselho. Não vemos a monarquia como algo intangível ou apenas histórico, e acreditamos que na atual conjuntura dos fatos, o povo já clama por seu Imperador, só ainda não percebeu!

§ 1º – Somos um movimento político, mas suprapartidário; tradicional, mas laico; democrático no exercício pleno de suas atribuições e rígido no trato com políticos; moderado, mas não imparcial; reconhecendo legitimidade, mas sem bajulações ou busca de privilégios; concordando com o senso comum, mas sem radicalismos; apresentando soluções para todos os assuntos, excetuando o que for irrelevante à causa.

§ 2º – Reconhecemos a legitimidade Dinástica dos descendentes do filho da Princesa Isabel do Brasil, Dom Luiz Maria Philippe Pedro de Alcântara Gastão Miguel Gabriel Raphael Gonzaga de Orleans-e-Bragança, Príncipe do Brasil, Príncipe de Orleans-e-Bragança, Príncipe Imperial do Brasil, cognominado “Príncipe Perfeito”, e reconhece seu neto como o atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, na pessoa do Príncipe Dom Luiz Gastão Maria José Pio Miguel Gabriel Raphael Gonzaga de Orleans e Bragança e Wittelsbach, e seus sucessores legítimos.