terça-feira, 19 de novembro de 2013

A FARSA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA



"É triste saber, que como resultado de uma disputa amorosa entre Deodoro da Fonseca e Silveira Martins, tenha sido decisiva no golpe de Estado de 1.889 "



   É triste saber que, como eu fui, hoje os nossos filhos e netos são enganados com a história da Proclamação da República, dessa República que se aproveita do povo, que compra votos e não cura a miséria. Os textos escolares não ensinam, mas a mídia da época indica que a despeito da intensa propaganda republicana, a ideia da mudança de regime político, de monarquia para república, não ecoava no país, pois em 1884, apenas três republicanos foram eleitos para a Câmara dos Deputados; na legislatura seguinte, apenas um e na última eleição realizada no Império do Brasil, a 31 de agosto de 1889, o Partido Republicano só elegeu dois deputados.

   Como não conseguiriam realizar seu projeto pelo voto, os republicanos para concretizar suas ideias optaram por um golpe militar, procurando capitalizar o descontentamento das classes armadas com o governo civil do Império. Como precisavam de um líder de prestígio na tropa, para levar a efeito seus planos, se aproximaram de Deodoro (um “ingênuo”) procurando seu apoio para um golpe de força contra o governo imperial. Isso foi difícil, pois Deodoro era de convicções monarquistas, era amigo declarado do imperador Dom Pedro II e lhe devia favores.

   Em 14 de novembro de 1889, os republicanos fizeram correr o boato, absolutamente sem fundamento, de que o governo do primeiro-ministro visconde de Ouro Preto havia expedido ordem de prisão contra o Marechal Deodoro e o líder dos oficiais republicanos, o tenente-coronel Benjamin Constant. Tratava-se de proclamar a República antes que se instalasse o novo parlamento, recém-eleito, cuja abertura estava marcada para o dia 20 de novembro. A falsa notícia de que sua prisão havia sido decretada foi o argumento decisivo que convenceu Deodoro finalmente a levantar-se contra o governo imperial. Pela manhã do dia 15 de novembro de 1889, o marechal reuniu algumas tropas e as pôs em marcha para o centro da cidade, dirigindo-se ao Campo da Aclamação, hoje chamado Praça da República. Penetrando no Quartel-General do Exército, Deodoro decretou a demissão do Ministério Ouro Preto – providência de pouca valia, visto que os próprios ministros, cientes dos últimos acontecimentos, já haviam telegrafado ao Imperador, que estava em Petrópolis, pedindo demissão. Ninguém falava em proclamar a República, tratava-se apenas de trocar o Ministério, e o próprio Deodoro, para a tropa formada ante o Quartel-General, ainda gritou "Viva Sua Majestade, o Imperador!

   Enquanto isso, em vista dos acontecimentos, Dom Pedro II reuniu o Conselho de Estado no Paço Imperial, aceitou a demissão do visconde de Ouro Preto e iniciou a organizar o novo Ministério.  Os golpistas, para convencer a Deodoro romper os laços com a monarquia, na noite do dia 15, o informou que o novo primeiro-ministro, escolhido pelo Imperador, era Gaspar Silveira Martins, correligionário do visconde e político gaúcho, com quem o Marechal não se dava por conta de terem disputado o amor da mesma mulher na juventude.

   A História oficial não diz, mas foi por causa de uma mentira e uma dor de cotovelo que nasceu a República do Brasil e o irresponsável Deodoro derrubou o regime, desrespeitou a Constituição e fechou o congresso. Pelo erro de Deodoro vemos os absurdos da república de hoje!




Drº Alberto R. Fioravanti
Conselheiro Vitalício do CMB


Artigo publicado em 15 de novembro de 2013 no jornal “O Diário” de Campos dos Goytacazes.



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